terça-feira, 12 de outubro de 2010

Infância

Tive uma infância muito boa. Com dois irmãos, um maior e um menor, sempre há alguma novidade para se fazer. Numa época em que o videogame e o computador não faziam parte do dia a dia, brinquei muito de boneca, empinei pipa, rodei piao, andei de bicicleta, brinquei na rua, pulei corda, joguei amarelinha e bola. Festinha de aniversário não era em buffet: era na escolinha ou no quintal de casa, com os vizinhos e amigos. Comia algodão doce , pipoca, montava cabana no meio da sala e fazia de conta que estava viajando para um lugar bem distante. Coisas que hoje em dia muita criança nao faz a menor ideia do que seja. Aproveitei o máximo que pude, o tempo que me foi permitido.

E, sendo pediatra, o convívio com as crianças sempre me faz resgatar um pouco do que fui. A simplicidade, a inocência, o jeito de sonhar que a criança carrega consigo me fazem bem. E sempre é bom manter vivo esse lado, no nosso dia a dia, para nos dar força e nos mantermos sempre jovens também.

Feliz dia das crianças para todos!

Um beijo,

Celinha

domingo, 10 de outubro de 2010

Todo paciente tem uma história para contar

Terminei de ler "Todo paciente tem uma história para contar" , de Lisa Sanders, que é consultora da série House. O livro é muito bom. Faz repensar a medicina que fazemos hoje em dia, em que se valoriza mais os exames do que o paciente em si. Às vezes, por questão de tempo, falta de aprendizado ou por outros motivos, não paramos para ouvir como devíamos. E isso não só na área médica, mas também em outros campos da nossa vida. Ela da diversos exemplos em que pequenos detalhes que foram ditos rapidamente, ou informações que passaram despercebidas no histórico do paciente podem fazer toda diferença na elucidação do diagnóstico. E ela lembra, por diversas vezes, que muitas vezes "não sabemos que não sabemos" - e buscar o aprendizado diário, não apenas nos livros, mas também na convivência diária com o paciente, sabendo escutá-lo verdadeiramente, pode auxiliar muito o médico na busca do diagnóstico correto.

Ela termina o livro assim: "Em ultima análise, a medicina não pode trazer conforto, mas certamente ajuda a contar a história final de uma vida. Quando sabemos como alguém morreu, é mais fácil nos lembrarmos de como essa pessoa viveu. E depois que a medicina termina de fazer o que pode, tudo o que queremos - e, por fim, tudo o que temos são as histórias"

E sempre aprenderemos com as historias.

Bom domingo, beijo,

Célia


sábado, 9 de outubro de 2010

Escolhas


Quando éramos pequenos, eu e meu irmão mais novo adorávamos ir votar com nossos pais. Eu entrava com minha mãe, ele entrava com meu pai, achávamos o máximo aquele papel cheio de quadrados em que era necessário marcar o "X". Eram outros tempos. Ainda não havia a democracia, não se votava para Presidente, se não fossem escolhidos todos os candidatos do mesmo partido o voto era anulado, entre outras coisas.


Mas os tempos mudaram. Veio a abertura política, o nosso título, a urna eletrônica. O que não mudou: contimuo adorando ir votar. Não vejo como uma obrigação. Acho que é uma oportunidade de (tentar) ajudar a melhorar nossa cidade, nosso estado, nosso país. Mesmo que nem sempre quem eu escolha seja eleito, pelo menos tenho a chance de mostar o que penso.
E escolher nem sempre é fácil, não só nas eleições, mas também na vida. Vivemos de escolhas o tempo todo, às vezes acertadas, outras não. O importante é ter a chance de mudar, para melhor.
E que venha o segundo turno!
Bom sábado, beijo
Célia